terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Impessoalidade


Circulo a tanto tempo por essa terra, entre tantas tribos, tantas caras e personalidades diferentes, que as vezes acho que estou sozinho. Minha voz solta ao vento livre dentro do meu crânio desce a região dos olhos chega a ponta da lingua então me calo, engulo seco e penso..... Isso não é pra ser dito aqui, essa galera não curte um fuminho..... logo esqueço o que ia dizer e me concentro na gargalhada de todos ao meu redor que estão rindo do engomadinho em pé no canto direito da mesa.

Me pego espremido no canto de uma mesa, entre garotas esnobes e um chafariz com água parada, provavelmente cheia de dengue, tento parecer simpático ate pra o meu amigo que me deixou sozinho na beira desse desfiladeiro, mas não dá um simples sorriso me faz sentir dor ate na ponta do pé, olho profundamente para uma das belezas sentadas na mesa, sua boca se mexe, mas não sai um som de sua boca, me esforço pra caramba pra tentar ouvir o que ela esta dizendo, mas vejo que a outra beleza que esta ao lado dela solta um sorriso de canto da boca, então percebo que realmente esta saindo um som de sua boca, me imagino namorando uma delas, o sexo deve ser bom (cara sou homem, pensar em sexo é quase um obrigação), mas imagina ela me falando de sua bolsa da Gutti, que estava na promoção 3x de 200 reais numa Daslú dessa ai da vida atropelando já pelo termino do namoro da fulaninha que pegou o namorado com outra na festa da outra Dita-cuja, chego a ficar com inveja do carinha ahhhhhhh liberdade. Volto a mesa com as gatinhas sentadas no outro lado da mesa e eu amigo ao um lado pedindo mais uma cerveja para o garçom, mal sabe esse pobre diabo que esta nos servindo, que não iremos pagar a conta.

Um comentário: