Ela se senta tão sutilmente que seu vestido em alinhamento com seu corpo perfeito, pelo menos para mim, cheio de curvas sensuais, feito ouro envelhecido que não pede seu brilho e majestade e a maceis na pele que pode ser comparado a aquela menininha que deita sobre gigantes travesseiros de pena de ganso, ela senta e com uma de suas pernas cruza o ar em câmera lenta e repousa sobre a outra, reparo em cada linha visível de seu corpo. Minha concentração é quebrada quando gargalhadas oriunda dos quatro cantos da sala desbotada e sem graça vem ao meu encontro e tomo um verdadeiro caldo de uma onda sonora vinda de varias bocas. O motivo? O maestro a frente desta onda sonora gozos e rebojos, ilha de sonhos e maravilhas onde tudo tem um ar aconchegante e brilha muito...
Não expressa nem um sentimento por ele apesar do maestro ter seus pés dentro de uma poça de simpatia e emana pulsante de seu corpo plantado em frente ao quadro negro...
Volto a me concentrar em Camila, é assim que se apresenta na ficha de presença distribuída a mim e a meus companheiros de cárcere programático, curto e grosso, traços variáveis, variáveis cálculos tão complexos quanto o meu sentimento ao ver tamanha perfeição em vestido tão solto e curto.
Engolir seco e engasgar levemente diante de acontecimentos assim é uma arte que ninguém executa melhor do que o homem.
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